sexta-feira, 24 de abril de 2015

Para ti mãe


Sei que ainda faltam uns dias para o Dia da Mãe, mas hoje precisava mesmo de te ver, falar contigo e escrever-te este texto.

Tenho pensado bastante nas questões da maternidade… Ou não tivesse eu feito um mestrado em enfermagem de saúde materna.

Acabei de passar agora mesmo pela maternidade onde nasci.
Lembrei-me logo de ti e senti-me bem, como sempre me senti ali... Não trabalho lá, mas é um sítio que me traz boas recordações. Foi onde aprendi a gostar de obstetrícia, onde decidi que um dia ia ser enfermeira especialista nesta área, ou parteira, (se preferires, e também é bem mais simples de se dizer), foi onde fiz o meu parto número 40. Foi onde nasci e tu me viste pela primeira vez...

Esta semana disseram-me "tem uma mãe espectacular" e eu sorri e concordei "eu também acho!" ;)

Sabes mãe, cada vez mais admiro as mulheres que são mães. Mães no verdadeiro sentido do que, para mim, significa ser mãe: ter ou adotar um bebé ou uma criança, educá-la e amá-la para sempre, sobre todas as coisas.

Também esta semana, mãe, a mãe da minha melhor amiga foi internada com um problema grave de saúde e está, neste momento, com um prognóstico reservadíssimo...
Não consigo imaginar o aperto que ela está a sentir... A dor, a iminência da perda... Sentir a probabilidade de ficar sem mãe tornar-se demasiado real...

Desde que soube, pensei tanto em ti...
Somos tão pequeninos...

As mães deviam viver para sempre!
Nunca ninguém devia passar pela privação de não poder mais falar e ouvir, tocar ou abraçar a sua mãe... E a tua mãe também já não está aqui  :(

Mas a vida continua. As memórias, as obras, os genes que herdamos, tudo isto vai ficando por cá.... Não morre nunca.

Amo-te muito mãe!

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