segunda-feira, 16 de março de 2015

Mais uma manhã de domingo passada nos trilhos - Paleozóico 2015

Quem passou pelo instagram, ontem de manhã, deve ter visto como estavam lindas e limpinhas as minhas sapatilhas novas, enquanto fazia tempo para o arranque da prova.
Pois estavam... e assim ficaram no final...

(a qualidade da focagem é péssima, eu sei.
Digamos que a culpa foi da objetiva que o A. escolheu para usar. Não me entendo com ela :P)


Resumo dos Trilhos do Paleozóico (24k):
(que já vos dei seca com o Trilho dos Abutres há um mês e pouco atrás)

Desta vez a maior dificuldade não foi lidar com a lama, a chuva ou o granizo. Lama havia pouca e, felizmente, esteve um dia lindo, só escusava ter queimado a cara com o sol (o protetor solar não foi suficiente... :S)

Ontem, a minha maior dificuldade foi gerir o esforço, de maneira a não estragar mais aquilo que já não estava lá muito famoso... A inflamação da banda ileotibial esquerda, vulgo, tendão do lado de fora do joelho, que fica inflamado e dói quando se dobra o joelho, principalmente, nas descidas.

Isso e fazer a prova sem companhia. Desta vez não fiz "amigos" como me é costume. Só troquei umas palavritas com uma ou outra pessoa e ofereci-me para tirar uma foto a um casal. ;)

Mas bem, fui avançando, mais ou menos ao meu ritmo normal e, à medida que os kms passavam, decidi continuar e fazer a prova até ao fim.
Apenas uma pequena observação à organização ou a quem pensa fazer esta prova: é mesmo importante levarem alimentos e água convosco. Em 24km só um abastecimento de sólidos (não contando com o da meta) e 2 de líquidos, soube a pouco...

Não conhecia aquelas paisagens, daí a minha vontade de conhecer os trilhos do paleozóico. Gostei do bocado ao pé do rio. De estarmos a subir/descer os montes e ver os outros corredores/caminhantes pequeninos e coloridos, no monte ao lado. Da passagem pela pedreira e do seu lago azul ciano. De um parque ao pé do rio, onde os escuteiros se andavam a divertir de canoa, de ver o pessoal a fazer escalada num pedregulho ali perto. E de ver a cidade do Porto e o mar, ali tão perto, de uma perspectiva completamente nova, no cimo do monte, depois da maior subida de todas.

E assim continuei, até me começar a doer a porcaria do joelho ao km 18. Altura em que faltava a última e enorme subida e, bem pior, a descida correspondente até à meta. Mas não ia desistir naquele momento. Faltava tão pouco...
Continuei por ali abaixo, com várias paragens para alongar a perna e a correr, sempre que conseguia.


À chegada a Valongo, fiquei mais animada e comecei a correr nos planos. A menos de 1km do final vi um dos meus amigos dos Trilhos dos Abutres. Fiquei toda contente por, finalmente, ver uma cara conhecida e isso motivou-me a continuar a correr, sem parar, até à meta.

Até me deu vontade de chorar de alegria quando vi a meta e o A. à minha espera para as fotos da chegada. Mas lá me consegui controlar :P

O lugar em que fiquei? Não sei e não me interessa para nada.


Prova superada! ;)

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